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Do portal "Causa Nacional" | «Uma Ideia de Portugal», por José Pinto-Coelho

Para assinalar os 2 anos de existência, o Portal “Causa Nacional” pediu ao Presidente do PNR que comentasse algo sobre “Uma Ideia de Portugal”. Aqui se transcreve o texto.

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Pediram-me que, para assinalar o 2º aniversário deste espaço de divulgação Nacionalista, escrevesse algo sobre a data e algo sobre a minha ideia de Portugal. Se este espaço é o «Causa Nacional», se a Nação é a sua Causa, basta-me louvar a Nação para que este espaço de luta fique louvado por acréscimo.

Falar sobre Portugal é tão difícil e ao mesmo tempo tão fácil. Difícil pela vastidão do «tema» que pode ser abordado a partir de múltiplas perspectivas; fácil por ser algo tão simples que, não precisando de palavras, basta-lhe um bater do coração… Falar de Portugal é tão doloroso e tão agradável. Doloroso por assistir ao estado de degradação, mau trato e perigos a que está exposto; agradável, porque falar daquilo que se ama é por demais gratificante… Falar de Portugal, tal como falar da família, de amigos ou de si próprio, pode ser feito com uma boa carga de objectividade árida ou com uma grande dose de subjectividade poética.

Na verdade, começar a escrever sobre a minha ideia de Portugal, avizinhou-se como uma tarefa bem mais difícil do que pensei. Dizer lugares comuns? Fazer uma abordagem histórica? Falar dos perigos da actualidade? Chorar sobre o leite derramado? Desenhar uma estratégia de futuro?

Vieram-me à cabeça algumas ideias, quais pinceladas, que ainda retenho na memória, escritas e cantadas sobre o tema em questão, por poetas, escritores, pensadores e artistas de varias épocas e também palavras escritas por militantes Nacionalistas dos nossos dias. Afastei todas estas abordagens…

Apenas vou falar de Portugal a partir da alma… Deste Portugal – realidade abstracta mas tão concreta, espiritual mas carnal – que me fez sair da casca de simples português comum, para assumir um papel de relevo pelo seu combate; que me fez sair do conforto e segurança do quotidiano para enfrentar a incerteza de cada dia.

Se amo Portugal, minha Pátria, não é por esta ser maior ou menor; não é por ser mais rica ou mais pobre; com paisagens mais bonitas ou sem graça; por ter recursos naturais ou por não os ter. Se amo Portugal, minha Pátria, não é por ser habitada por um povo mais altivo ou mais humilde; mais empreendedor ou mais preguiçoso; mais heróico ou mais cobarde; mais santo ou mais pecador; mais orgulhoso ou mais subserviente. Se amo Portugal, minha Pátria, não é por ser governada e dirigida por sábios ou por ignorantes; por honestos ou por charlatães; por justos ou por tiranos; por guerreiros ou por escravos; por chefes ou por oportunistas. Se assim fosse, haveria justificação para se amar a Pátria ou não, segundo o acaso da época histórica em que se nascesse. Se assim fosse eu teria amado Portugal até 1974 e detestá-lo-ia agora.

Porém, não se ama a Pátria pela sua honra ou desgraça, pela sua importância ou insignificância, pelos seus feitos ou desfeitos, pelas suas páginas de glória ou de vergonha.

Eu amo Portugal, apenas porque é meu! Apenas isso, e basta! Porque é meu… Amo Portugal porque é a Nação e a Pátria dos meus pais, porque é a Nação e a Pátria dos meus filhos.

Honrar os antepassados e deixar um legado aos descendentes dá sentido, unidade e identidade – espiritual e cultural – a todo um conjunto de gerações com um passado e um destino comuns, que povoam um mesmo território. É o devir e o porvir. Cada um de nós é apenas um elo desta corrente que é a Grei da Nação.

Consciente desta realidade natural, tão natural e orgânica como a família, só entendo o Nacionalismo como único garante da continuidade e afirmação de uma Nação. Fora do Nacionalismo, as brechas estão abertas a todo o tipo de traições e ameaças. Traidor é aquele que recebe uma Nação dos seus pais, e em lugar de a engrandecer, destrói-a, privando os seus filhos de um direito que tinham.

Falaria deste modo se outra fosse a minha pátria. Mas ela é Portugal! Por isso, respeito as outras Nações, admiro muitas delas, gosto de muitas outras, sinto atracção e encanto por outras ainda, mas esta é a que eu Amo. Simplesmente porque é minha!

A Ideia de Portugal! Esta Ideia que, numa só palavra, condensa todas as características, sensações e emoções; lugares, sabores e cores; épocas, passagens e personagens. É esta Ideia que, naturalmente, sem ciência infundida ou razão estudada me faz bater o coração.

Amo Portugal porque é meu! Amo os meus pais porque são meus. Amo os meus filhos porque são meus. Não são precisos mais motivos para estas realidades tão simples.

Se esta Ideia de Portugal for vivida por cada um de nós, não serão precisas mais explicações para se justificar a luta – até ao último fôlego, até à última gota de sangue, até à última lágrima – para que Portugal viva! Para que Portugal seja dos portugueses e não dos estrangeiros e dos traidores.

Ainda que muitos compatriotas contemporâneos não mereçam o nosso esforço e a nossa luta, ainda que nos acometa a tentação de os abandonar ao que realmente merecem esses traidores, os Antepassados e os Vindouros que nos contemplam – da Eternidade transcendente e espiritual – falam mais alto. Por tudo isto, Portugal vale a pena! Só seremos merecedores da História e da Memória, se soubermos ser dignos dessa Honra, se soubermos viver e morrer como verdadeiros portugueses: fiéis a Portugal! Todos os dias. Para que viva Portugal!

Obrigado «Causa Nacional»! Obrigado Camaradas, pela vossa parcela no combate pela Nação Portuguesa que por vós jamais será traída. Obrigado!

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