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Há que salvar os estaleiros de Viana para apostar na produção Nacional

EstaleirosO PNR condena as medidas economicistas e insensíveis que ameaçam atirar para o desemprego metade dos trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana Castelo, cortando sempre nos mesmos e onde não se deve, com consequências catastróficas até para a própria região de Viana do Castelo, devido ao efeito dominó de paralisação da actividade económica. Não se pode persistir em políticas erradas de cortes drásticos no elo fraco, quando justamente a situação de dificuldade financeira se deve à má gestão e falta de objectivos e de determinação.

É verdade que a decisão que levava imediatamente aos despedimentos, acabou por ser suspensa para reavaliação e estudo de reestruturação da empresa, medida esta que agradou ao PNR e com a qual nos congratulamos por demonstrar algum bom senso no meio de tantos disparates. Mas por outro lado, obviamente não estamos nada sossegados, já que a ameaça dos despedimentos paira sempre no ar e o Governo está apenas a adiar a posição sobre um assunto para o qual, bem o sabemos, não há vontade política de resolução positiva. Não nos admira nada que nesta Legislatura os estaleiros acabem por ser vendidos e que a construção dos navios para a Marinha seja cancelada com base no sistemático argumento do deficit.

Bastaria que o Governo cumprisse com a construção dos Navios de Patrulha Oceânico e das Lanchas Fiscalização Costeira, já para nem se falar da construção do Navio Logístico Polivalente, para aquele estaleiro não ter despedir metade dos trabalhadores.

De lamentar também, que se tenha rasgado o contrato de construção do navio para fazer a ligação entre as ilhas dos Açores que, por uma questão ridícula deste não atingir a velocidade prevista – pela diferença de aproximadamente 3 quilómetros por hora – o navio se encontre parado no estaleiro e o Governo daquela Região Autónoma prefira alugar ao estrangeiro um outro para fazer esse serviço, com um custo astronómico que em três anos de aluguer dava para pagar o navio que rejeitaram.

Não deixa também de ser estranho que o Presidente da República insista em dizer que tem que se apostar no Mar, mas não se veja uma única medida nesse sentido. Bem pelo contrário! Basta ver o presente caso dos Estaleiros de Viana do Castelo, ou o do aumento de taxas aos navios de cruzeiro, há uns meses atrás, levando algumas companhias a ponderarem já não escalar em portos portugueses. Assim, com estas políticas de corte e falta de coragem no que toca a investimento e reanimação da nossa produção, os Estaleiros de Viana nunca terão viabilidade económica pela falta de objectivos e de um projecto a longo prazo, quer para estes, como para a Marinha ou até para o próprio sector marítimo nacional.

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