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Do Presidente aos Nacionalistas | Julho de 2012

Na semana passada, a página do PNR no facebook atingiu os 5.000 amigos, estando no top 10 das páginas políticas em Portugal com maior número de “amigos”. Por outro lado, a página oficial do PNR na internet, que data de Setembro de 2005, está perto de atingir os 2 milhões de visitas, significando um média diária superior a 750 visitas.

Estes dados valem o que valem. Mas, seja como for, podem ser alvo de análise, já que a eles se podem somar as inúmeras votações no universo da internet, onde o PNR se encontra sempre em lugares cimeiros das preferências dos cibernautas. Também isto, vale o que vale, já que o que conta a sério – a realidade – é o termos 18.000 votos contados em urna.

É pois, indiscutível que há uma grande disparidade entre o que o PNR representa no mundo virtual, da internet, e o seu peso real na vida política. Tal situação leva-me a poder fazer, de modo livre, a seguinte extrapolação: se o universo dos eleitores portugueses tivesse conhecimento da existência do PNR tal como o tem o universo dos cibernautas, por certo o nosso Partido estaria num patamar incomparavelmente superior em termos de representatividade.

Através das redes sociais e da página oficial, o PNR vai divulgando a sua existência e a sua mensagem. Mas, fora dessa realidade, muito pouco se fala dele e pouco passa a mensagem, tal como convém ao regime… E se esta não passa, certamente não é por desinteresse nosso ou falta de esforço, mas simplesmente porque a escassez de meios financeiros e humanos, juntamente com um chocante bloqueio da comunicação social, levam a que dificilmente consigamos sair da zona sombreada do desconhecimento. Digo dificilmente, pois algo está a ser feito: há um trabalho de fundo, continuado, desinteressado e heróico, fruto de uma militância convicta que vai divulgando, a pulso, o nosso partido. E os frutos,esses, virão a seu tempo!

O PNR tem vindo sempre a crescer eleitoralmente, mas é muito curto e demorado esse crescimento. Tem-se vindo a estruturar internamente, mas a passos curtos, ainda que sólidos. Isso é o que podemos e devemos fazer, já que está ao nosso alcance. Não podemos é pensar que a divulgação na internet é suficiente e descansar nisso; desenganem-se, pois a imensa maioria dos portugueses não lhe acede, ou se o faz, é de uma forma muito pontual e rudimentar. Trata-se sem dúvida de uma ferramenta importantíssima, e mesmo fundamental; mas insuficiente. Vale o que vale!

A vida real do partido é bem mais dura e agreste e só mesmo uma vontade férrea e uma convicção sem limites permite que o PNR exista há tanto tempo e esteja para continuar: apesar de tudo!… O bloqueio mediático e o garrote financeiro imposto por um sistema iníquo são uma autêntica prova de fogo à nossa capacidade de resistência. Mas resistiremos!

Num país de profundas injustiças e assimetrias, também os partidos políticos estão sujeitos a essa realidade discriminatória, sendo que a maioria dos portugueses está longe de o suspeitar. Os partidos políticos sem representação parlamentar têm que ser verdadeiramente heróicos para sobreviverem neste estado de coisas. É por isso que vários deles têm sucumbido e fechado portas.

O caso do PNR é paradigmático. A nossa existência não é virtual, contentando-se com o ciclo restrito da internet, nem se resume a aparições intermitentes para participações eleitorais. A nossa existência é real! Temos um activismo crescente e constante, bem como tomadas de posição políticas habituais. Mas a comunicação social, contrariamente ao que está obrigada, nem que seja moralmente, faz tábua rasa de todos os comunicados que semanalmente enviamos e das nossas inúmeras actividades, deixando cair aqui ou ali apenas uma migalha de eco da nossa acções.

Pior que isso, ainda, é o garrote financeiro que esmifra o partido sem dó nem piedade! Não é concebível que se exija a um partido pequeno, sem representação parlamentar uma apresentação de contas anuais ou eleitorais de uma tal complexidade que se diria de uma empresa cotada em bolsa. Não é concebível que o Tribunal Constitucional aplique coimas todos os anos – sem excepção! – a todos os partidos – sem excepção!

Ainda que o faça aos partidos subvencionados pelo erário público, ainda se compreende. Mas aplicar coimas a partidos que não recebem um tostão furado do Estado? Onde já se viu?!

E que coimas! São coimas surreais, pesadíssimas – que ultrapassam largamente o escasso orçamento anual do partido – sem qualquer relação racional causa-efeito e que se vão abatendo sucessivamente sobre o PNR e cumulativamente sobre a pessoa do Presidente e da Secretária-Geral. Um escândalo! E depois das coimas, estão a chegar as penhoras: efectivas e a doer! Um roubo! É revoltante!

Este é pois o dia-a-dia da simples existência e sobrevivência de um partido político sem meios que, ao contrário e comparativamente com o mar-de-rosas da existência no mundo virtual da net, come o pão que o diabo amassou na sua vida quotidiana.

Que contraste com as situações de pilhagem por parte dos partidos chamados grandes e por isso rotulados de “credíveis”! Basta pensarmos apenas nas trafulhices dos dois partidos do governo, nas vigarices recorrentes, inerentes à sua existência, que movem milhões e milhões entre financiamentos ilícitos, ilegalidades, branqueamentos, existência de doadores fictícios como o Jacinto Leite do CDS ou desvios chorudos de dinheiro como o recente caso do PSD-Almada ou ainda financiamentos de campanhas eleitorais por parte de agências de design… E que dizer do recente caso da viajem da mulher do Presidente a Região Autónoma dos Açores, que lesou o erário público em 27.000 euros e nem mereceu uma reposição de dinheiro ou demissão do Presidente, mas antes um simples comentário de que “isso não tem impacte orçamental”?… Enfim um fartote bem revelador do contraste entre a impunidade e vida fácil dos partidos subvencionados, “credíveis”, que são muito ricos e convivem com todo o tipo de vigarice e os partidos pequenos, literalmente perseguidos – todos estes! – pelo chicote financeiro, pensando em cada dia como irão sobreviver no amanhã.

Esta é pois a nossa dura realidade! E o esforço que fazemos só para existir é no mínimo heróico, devendo ser merecedor de respeito total e de ajuda generosa.

Os dados fornecidos pelo mundo virtual podem fazer-nos sorrir e sonhar, mas não alimentam o nosso dia-a-dia. O PNR é, pois, aquilo que dele fizermos: ou não…

José Pinto-Coelho | 2 de Julho de 2012

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