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Jurodependentes

O Governo e o PS congratulam-se com o regresso de Portugal aos mercados. Qual toxicodependente que fez uma desintoxicação paga com o suor e o trabalho da família, voltamos a consumir agora em doses menores de juros, para daqui a uns tempos voltarmos ao centro de tratamento chamado Troika.

Imaginemos uma família onde o rendimento é cada vez menor e onde os gastos não param de aumentar, obrigando-a a recorrer cada vez mais ao crédito. Mereceria certamente a critica de todos nós. O mesmo se pode dizer de um Governo que, longe de procurar mais rendimentos por força do aumento de produção, prefere endividar-se neste caso particular só para gozo particular e para nos fazer acreditar num inicio de um novo ciclo. Nada mais errado. Todas as previsões apontam para uma recessão económica, para um aumento do fosso entre o Produto Interno Bruto e a dívida, sobretudo da dívida externa. O governo PSD/CDS, apoiado pelo PS e com um “nim” dos partidos folclóricos da esquerda, caminha assim cada vez mais para o abismo, igual ao da família que demos como exemplo; cada vez mais endividado, empregando o “ordenado” no pagamento da dívida (em vez de o usar para produzir mais riqueza), refém dos agiotas da banca internacional, estendendo a mão à ajuda externa que, a pouco e pouco, mina o que resta da nossa independência e soberania, principais garantes da nossa sobrevivência enquanto povo livre.

Continuamos a defender que a fuga à crise está na aposta na produção nacional, a par de um corte profundo nas gorduras do Estado (o que até agora só foi muito tenuemente feito). As ajudas internacionais devem ser aplicadas na ajuda à produção, o que significará mais riqueza, mais trabalho e, por consequência, mais impostos para o Estado, podendo o mesmo então realizar obra sem recorrer a empréstimos. Portugal tem empresários com ideias e potencial, tem mão de obra qualificada e trabalhadores capazes (quando convenientemente remunerados e motivados), tem conhecimento nas universidades (que se perde, ou então vemos as nossas descobertas fugir para fora) e tem terrenos agrícolas férteis e zona piscatória capazes de satisfazer a grande parte das nossas necessidades. Só governos formados por gente manifestamente incapaz ou manifestamente capaz de tudo não consegue pôr em marcha o projecto de recuperação nacional de que tanto necessitamos. “Fraco Rei faz fraca forte gente”.

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