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Linha da Beira Baixa: uma situação inacreditável

Linha da Beira BaixaApós um avultado investimento de 350M€ para a modernização e electrificação da linha, o Governo decidiu, em Fevereiro de 2009, suspender a circulação ferroviária entre as cidades da Covilhã e da Guarda, obrigando a Refer a parar os trabalhos.

Com esta medida, o Governo alterou completamente o modelo de exploração, diminuindo a sua qualidade e aumentando significativamente o custo para os utentes.

A decisão atingiu a economia das diversas autarquias, pela falta de comunicação interdistrital, transportes mais caros das matérias-primas destinadas à produção, fecho de várias empresas dos dois distritos que dependiam da linha férrea, o que, por consequência, levou a um aumento do desemprego.

Ao efectuar um investimento desta envergadura nesta linha, esperava-se pelo menos uma pequena melhoria do serviço ou, visto a linha passar a ser electrificada e logo já não haver gastos com combustível, existir uma redução significativa do custo dos títulos de transporte. 

Certo é que a qualidade do serviço, seja a nível de longo curso (“Intercidades”) ou regional, diminuiu drasticamente. As composições, outrora confortáveis e com serviço de bar, passaram a ser meros comboios suburbanos utilizados anteriormente em percursos pequenos (entre 60 a 80 Km) o que em nada se compara com uma viagem superior a 300 Km. Em questão de preços, apesar da electricidade ser mais barata que o gasóleo, os custos para os utentes subiram desde 2009 cerca de 180%.

Esta interrupção do troço Covilhã-Guarda já tinha sido contestada por vários partidos da esquerda mas, como de costume, fizeram-no por puro populismo, exigindo a reabertura do troço sem apresentarem medidas concretas.

Ora, no contexto actual, uma contestação sem soluções é o mesmo que nada. Há que pensar no futuro, deixar de lado as políticas a curto-prazo que só servem a economia globalizadora e investir realmente numa política social que ajude as regiões a crescer.

Para evitar os erros da esquerda, o Núcleo do PNR do Distrito de Castelo Branco apresenta as seguintes soluções:

– Retomar o serviço Intercidades Lisboa – Covilhã – Guarda com materiais confortáveis para os utentes, carruagens bar e vagões de transporte de mercadorias, de forma a melhorar a qualidade do serviço e estabelecer ligações comerciais entre distritos.

– Reduzir o custo dos titulos de transporte, de modo a estimular a adesão ao transporte ferroviário e estimular o turismo regional das aldeias históricas e do parque natural da Serra da Estrela.

– Restabelecer o percurso interregional Castelo Branco – Covilhã – Guarda, para facilitar a mobilidade entre todas as localidades dos distritos.

Estas medidas farão:

– Aumentar as receitas dos transportes públicos ferroviários, pelo aumento de utentes e pelo serviço de transporte de mercadorias

– Estimular a economia interdistrital, através da comunicação ferroviária de mercadorias, mais barata e, logo, mais vantajosa para as PME regionais.

– Criar vários postos de trabalho, fruto da necessidade de interpostos comerciais e logísticos de apoio empresarial ao longo do percurso férreo.

A suspensão do troço Covilhã – Guarda foi mais um erro de gestão do Governo que, apesar do investimento gigantesco realizado já no período da actual crise financeira, mantém a ligação fechada, afectando a comunicação entre distritos.

Pelo desenvolvimento do interior e da sua economia o PNR Castelo Branco exige a reabertura do troço e uma avaliação às contas do projecto de requalificação da linha da Beira Baixa.

Por Portugal, todos juntos com o PNR!

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