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A administração do Metro do Porto aprovou na passada sexta-feira o lançamento do concurso para a concessão da empresa a privados. Segundo o representante do Conselho Metropolitano do Porto naquele órgão, até ao dia 31 de Dezembro poderá estar feita a adjudicação.
Relativamente ao debate que se tem gerado em torno desta questão, o PNR considera importante desmistificar-se, antes de mais, a ideia de que a concessão pode estar associada à construção de novas linhas financiadas por fundos comunitários, pois é do conhecimento geral que o próximo quadro comunitário de apoio não contempla financiamentos para este tipo de infra-estruturas.
Por outro lado, o PNR alerta para o perigo de os privados que vierem a ter a concessão ficarem apenas com as receitas, enquanto as despesas com manutenção, limpeza, vigilância, etc. ficam a cargo do erário público. O PNR acredita pois que poderemos estar perante mais um negócio ruinoso, ao jeito de muitos que as autarquias fazem por esse país fora, mas que tanto jeito fazem a algumas empresas privadas, nas quais, por vezes, os próprios autarcas têm interesses.
O PNR critica o despesismo e a má gestão de empresas públicas deste sector e jamais se oporá à existência de empresas de transportes privadas, mas lutará sempre pela existência de serviços públicos nesta área da nossa economia, como factor regulador e como forma de promover a justiça social.
