Download Free FREE High-quality Joomla! Designs • Premium Joomla 3 Templates BIGtheme.net
Home / Comunicados / Nação e Nacionalismo

Nação e Nacionalismo

PNR MapaUma ideologia pode ser basicamente entendida como um sistema de ideias e crenças cujos objectivos são, por um lado, explicar o comportamento humano no quadro da vida colectiva e, por outro, estabelecer uma linha de conduta em conformidade com tais ideias e crenças. Contudo, neste processo ocorre uma perigosa inversão: na construção ideológica, não é a compreensão que fica dependente da realidade mas sim esta última que fica sujeita àquela. Não se fundando, pois, na realidade, as ideologias são abstracções que a pretendem explicar; não estando alicerçadas no real, no natural, no histórico. As ideologias são pois uma ficção, um relato que é imposto sobre a realidade com a intenção de substituir-se-lhe.

Uma das principais mistificações produzidas pela mentalidade revolucionária é a concepção contratualista da Nação. Esta não seria mais do que uma associação estabelecida mediante a celebração de um contrato e, portanto, sujeita à soberana vontade dos associados, ou seja, dos “cidadãos” – indivíduos atomizados, desenquadrados de qualquer grupo natural, desprovidos de qualquer ligação com o passado e entusiásticos adeptos da trilogia de 1789. Concebida, pois, como mera associação, a Nação-contrato poderia ser hipotecada, “gerida” como uma mercearia, vendida às fatias ou simplesmente encerrada por cessação de actividade, bastando para isso que os “contratantes” do momento assim deliberassem.

Ora, a concepção nacionalista opõe-se frontalmente a este relato ideológico e fantasioso imposto por liberais e marxistas.

Para o Nacionalismo, a Nação é uma realidade concreta, natural e histórica, anterior e superior aos elementos que a compõem; ela é um património físico e moral, lentamente construído através dos séculos pelos esforços e sacrifícios de uma longa sucessão de gerações que partilham o mesmo sangue e o mesmo espírito. Ela é a terra e as paisagens; os campos, as aldeias e as cidades; as igrejas e os cemitérios; as fábricas e os museus; a religião e os costumes; a língua e a literatura; a História e as tradições; a arte, a técnica, a ciência; etc. – ela é tudo o que fomos, somos e queremos ser; ela é a nossa essência e obra colectiva; é nela que encontramos os meios para a nossa protecção e realização. A Nação, cuja célula fundacional é a família, é um todo contínuo, um corpo de solidariedade horizontal – entre os seus membros actuais – e vertical – entre a geração presente, as passadas e as vindouras. Não é propriedade de um grupo, nem mesmo de uma geração, mas sim uma herança sagrada que nos impõe, como usufrutuários, o dever igualmente sagrado de a conservar, aumentar e transmitir às gerações que estão por vir. Família de famílias, a Nação é um organismo vivo, constituído por elementos e órgãos diversos, os quais, ordenados com base na complementaridade e na solidariedade, actuam para a unidade e o bem-estar do todo.

Desde 1974, Portugal tem vindo a ser desmantelado pela acção de duas ideologias: marxismo e liberalismo. Se, à primeira vista, parecem adversárias, sabem muito bem, quando necessário, actuar em uníssono ou partilhar de forma exemplar o couto privado em que transformam as sociedades que capturam. Não deve, pois, causar estranheza que o paradigma do nosso tempo consista precisamente na aplicação de um capitalismo selvagem na esfera económica e do marxismo no campo cultural.

A hora é grave, mas a nossa velha Nação ainda pode e deve ser restaurada; pode e deve viver e prosperar, espiritual e materialmente; pode e deve continuar – e continuar apenas portuguesa. Porém, não nos iludamos: tais objectivos somente poderão ser alcançados se a Nação for o valor supremo na ordem temporal, se os interesses individuais e de grupos estiverem subordinados aos seus interesses, se todas as questões forem examinadas e decididas exclusivamente desde o ângulo do interesse nacional. Um caminho apenas satisfaz estes condicionantes e conduz àqueles objectivos: é o caminho do Nacionalismo.

Veja também

Esclarecimento: protesto no dia 25 de Abril

Tal como foi noticiado na RTP, na revista Visão e assistido por várias pessoas presentes, …