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Medo, censura, boicote

De Miguel Costa MarquesO programa televisivo “Prós e Contras”, que passa às Segundas-feiras à noite, no canal público de televisão, é anunciado pela estação como um programa de grande debate de ideias, no qual, posições antagónicas esgrimem os seus argumentos sobre determinado tema, em estrita observância do princípio do contraditório.

Todavia, tal não passa de uma mera falácia de uma campanha de propaganda televisiva para enganar os telespectadores.

Efectivamente, o programa “Prós e Contras”, mais não é do que um programa televisivo, em que uma mesma corrente de opinião apresenta os seus argumentos sobre determinado tema, mais parecendo um “Prós e Prós”.

Exemplo significativo dessa realidade é o programa de logo à noite, no qual vai ser discutido a saída do Reino Unido da União Europeia, na sequência do referendo da passada semana, em que o “Brexit” venceu com 52% dos votos.

O PNR é o único partido português que sempre foi contra a actual União Europeia, que é uma União de cariz federal, em que os Estados membros perdem a sua soberania, tendo que aplicar políticas e medidas que lhes são ditadas do exterior e que são lesivas aos seus interesses, e, em que o Direito Comunitário tem prevalência sobre o Direito de cada Estado membro.

O PNR também foi o único partido político português a manifestar o seu desejo pela saída do Reino Unido da União Europeia e a saudar os ingleses pelo resultado do referendo.

Perante essa factualidade, seria expectável que o PNR e/ou algum dos seus dirigentes fossem convidados para participar no “Prós e Contras” de logo à noite, para que se pudesse proceder a um amplo debate de ideias com observância do princípio do contraditório.

Infelizmente não foi isso que aconteceu. O PNR, pura e simplesmente, não foi convidado para participar, e, mais uma vez, é alvo de um lamentável e vergonhoso boicote praticado pela comunicação social.

Temos uma imprensa perfeitamente submissa e engajada a um sistema podre e decadente, que se diz democrático, mas que de democrático pouco ou nada tem, já que para o sistema a democracia é muito bonita quando se concorda com ele, ou quando se tem um discurso “politicamente correcto”, porque quando alguém ousa criticar e pôr em causa o sistema, e apresenta uma alternativa a esse mesmo sistema, esse alguém, seja um simples cidadão, ou um partido político, é logo considerado um pária, uma persona non grata, que tem de ser silenciado a todo o custo, para não fazer muitas «ondas» e a máquina poder subsistir por mais algum tempo.

E é isso o que se passa com o PNR. Há que o calar a todo o custo para que os portugueses não conheçam o nosso partido, porque o sistema sabe muito bem que, se pelo menos metade dos portugueses conhecessem o PNR, este, a «estas horas», já teria uma representação parlamentar e nada seria como dantes na política portuguesa. Tudo seria posto em causa.

Que estações de televisão privadas queiram boicotar mediaticamente o PNR, pese embora lamente, censure e condene, ainda compreendo. O que não compreendo e considero inadmissível e intolerável, é que uma estação de televisão pública, que é sustentada com o dinheiro dos contribuintes, boicote sistematicamente o PNR e não o convide para os programas televisivos de debate de ideias que realiza.

O PNR tem, pois, razão, em realizar uma acção de protesto em frente ao local, onde vai ser transmitido o programa da RTP 1 de logo à noite, dedicado à saída do Reino Unido da União Europeia.

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