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Cenário III: “Pexit”

De Pedro PerestrelloNo caso de alguns países, como o Reino Unido, saírem da UE e nós nos mantivermos, como é que ficaríamos?

Neste caso, Portugal continuaria no caminho em que se encontra, ou seja, na destruição do aparelho produtivo e venda das poucas empresas que interessam aos grandes grupos financeiros internacionais, preso a uma UE que cada vez mais se vai transformar numa espécie de «Alemanha e os seus protectorados».

De facto, com a saída do RU, que era o único país que fazia alguma «frente» à Alemanha e com a possível saída da França e da Itália, a UE passa a ser totalmente dominada pela Alemanha.

Prosseguindo a actual política numa UE nestas condições, todos os países, particularmente os do Sul, que se mantiverem na União, passarão rapidamente a protectorados da Alemanha.

A UE pagou para nós destruirmos o nosso aparelho produtivo. Agora importamos quase tudo o que consumimos; as empresas que existem foram todas compradas por multinacionais que estão nas «mãos» dos grandes grupos financeiros que mandam na UE. Não temos moeda para governar através de uma política monetarista, não podemos fazer um orçamento sem aprovação de Bruxelas; por consequência, não podemos ter uma política «Kynesiana», ou seja, não podemos governar de nenhuma maneira.

Já é muito mau não poder governar e sermos obrigados a obedecer a instituições europeias, mas muito pior será no futuro, por essas instituições passarem a ser totalmente dominadas por um só país, que não o nosso.

Rapidamente passarão a existir dois tipos de cidadãos na EU: os do Norte, ricos, basicamente os alemães, e os do Sul, os seus servos que não terão direitos e que funcionarão como os ex-escravos no Brasil, quando foram libertados, mas que continuavam a trabalhar na «Fazenda» dos seus antigos donos.

Como ganhavam pouco, pediam fiado na loja da «Fazenda» (pertencente ao fazendeiro); quando recebiam o ordenado gastavam o dinheiro todo a pagar a dívida e o dinheiro voltava para o fazendeiro. Como estavam presos num ciclo vicioso, o patrão punha o preço que lhe apetecia nos produtos e eles eram obrigados a comprar lá, porque não tinham dinheiro para ir a outro lado.

Ficando na EU, que se adivinha, os portugueses vão ficar nessa situação; as poucas empresas existentes serão pertença das multinacionais, em termos de políticas, todas serão definidas pela Alemanha e por isso nada será possível fazer para alterar a situação. Em termos financeiros estaremos sempre sobreendividados, pois como temos déficit, eles impõem austeridade. Como temos austeridade, a economia retrai. Como retrai, a receita diminui; como a receita diminui, o déficit volta a crescer e assim, cria-se um ciclo vicioso.

Este processo não deixa a economia crescer e como a economia não cresce, é impossível pagar a dívida.

Ficando na EU, não existe solução possível para os problemas do país. Portugal e as outras nações do Sul, e mantendo-se a permanência, vão, obrigatoriamente, transformar-se em protectorados da Alemanha, que os vai transformar em «colónias de férias» para os “senhores” do Norte, em que os portugueses servirão apenas para serem «empregados de mesa e de hotel», para servirem os “senhores” do Norte quando eles quiserem e ao preço que quiserem. Se não gostarem, procedem à substituição da população, sem que os portugueses tenham poder para o evitar.

Isto torna-se inevitável por deixaremos de ter meios de produção; deixarmos de ter autonomia política para realizar as políticas necessárias, para criar meios próprios; estamos e ficaremos cada vez mais sobreendividados e por isso, quem tem o dinheiro ( a Alemanha) para nos alimentar, é que manda.

Para este cenário, o PNR só apresenta uma medida:

 – Saída da União Europeia o mais rápido possível.

[Leia também: Cenário I e Cenário II]

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