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Ponte Salazar: 50 anos

Ponte Salazar 2Assinala-se hoje, 6 de Agosto de 2016, o cinquentenário da inauguração da Ponte Salazar, uma das obras públicas mais grandiosas e belas de Portugal.

A construção da travessia sobre o Tejo, na zona de Lisboa, já pensada desde o século XIX, fora sistematicamente adiada por manifesta falta de verbas. Assim, logo na alvorada da década de sessenta, do século passado, o país em constante progresso, renascido em 1926 após cem anos de miséria a todos os níveis, viu lançar-se este fabuloso empreendimento que viria a ser inaugurado em 1966. À data, era a maior ponte suspensa da Europa e a que tinha o tabuleiro mais alto, de todas as suas congéneres no mundo.

De notar que, nessa época de seriedade, havia rigor e noção de serviço público, por contraste com os tempos actuais, em que todos os governantes e responsáveis «enchem os bolsos até rebentar» (provocando derrapagens escandalosas nos orçamentos inicias das obras) e a Ponte Salazar cumpriu rigorosamente o orçamento inicialmente estipulado. A obra de uma envergadura importante, onde os materiais empregues e toda a sua estrutura, foram desenvolvidas e construídas por empresas portuguesas, foi paga integralmente com dinheiros nacionais. Não havia cá Fundos estruturais, empréstimos ou endividamentos…

Além dessa lição orçamental, de honestidade e transparência, a obra foi integralmente acabada e inaugurada no prazo estabelecido. E, ao contrário de obras megalómanas do actual Regime, que servem para encher o «olho e os bolsos» de muitos, de dimensão totalmente desajustada às necessidades e de finalidade muito duvidosa, nessa época, fazia-se obra com largueza de espírito, mas proporcionada às reais necessidades do momento. Ainda, contrastando com o estilo dos actuais governantes, que navegam à-vista, os de então previam o futuro, preparando-o, mas não o antecipando. Para tal, se nos anos sessenta ainda era cedo para se lançar a travessia ferroviária, esta foi prevista na concepção da ponte e foram construídas todas as estruturas fundamentais para a futura passagem do comboio, tais como os túneis.

Hoje, o Regime comemora a inauguração da ponte, rebaptizada com um nome ofensivo, o que constitui um anacronismo surrealista, que reflecte a mentalidade dos nossos (des)governantes: que sentido faz comemorar-se os cinquenta anos da ponte, a que chamam “25 de Abril”, se a data que pretendem evocar é posterior a ela?! Sem dúvida, este tipo de trapalhadas, espelha o marasmo em que estamos mergulhados. Lamentamos é que não aproveitem a efeméride para pintarem a Ponte, cuja beleza está parcialmente mutilada pelo estado miserável em que se encontra a  sua pintura.

Para os patriotas, comemora-se a inauguração da Ponte Salazar e enaltece-se o espírito empreendedor, a entrega e sacrifício de quantos nela participaram, nomeadamente dos quatro homens que perderam a vida, em acidentes de trabalho (sendo, também este um recorde assinalável de baixo número de acidentes) e toda a carga de valores que nos transmite, entre os quais, o de seriedade e de projecção de futuro.

Ponte Salazar 3

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