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Mama Sume

Vítor RamalhoOs recentes acontecimentos, envolvendo o Batalhão de Comandos, levam-me a tecer algumas considerações sobre o assunto.

Os sete anos de serviço militar, de que tanto me orgulho e em que tanto aprendi, as recrutas, os cursos e as formações que ministrei, alguns com provas muito semelhantes às dos Comandos, os anos de Santa Margarida, em que pude conviver com muitos camaradas e assistir à sua formação, dão-me um capital de conhecimento suficiente para entender tudo o que se tem passado nestes dias.

Primeiro, e como militar, (a farda ainda me está agarrada ao corpo, apesar de já não fazer parte activa) lamento as mortes deste jovens e envio às famílias enlutadas os meus mais sentidos pêsames. As famílias passam por momentos de dor, mas também passa a família «Comandos», no qual o espírito de corpo impera de forma exemplar.

O que se passa nos quartéis devia ficar nos quartéis, pois só quem por lá passou pode compreender cabalmente a vida castrense e evitava que estes tristes acontecimentos estivessem a ser aproveitados para aumentar audiências, vender jornais ou para a canalha de Esquerda se vingar, do facto de os Comandos terem ousado ser parte integrante do 25 de Novembro, que acabou de vez com o PREC de má memória.

Quem vai para os Comandos escolhe uma vida difícil, escolhe um treino duro, escolhe fazer parte de um corpo de elite.

Reconheciam-se à distância pelo rubro das suas boinas, pela sua invulgar voluntariedade e preparação física, e por bem, isto é mais que sabido,…não levarem nunca “desaforo para casa”.

Para alguns, a dureza do curso, a sua preparação pode fazer despertar a pontinha de inveja dos incapazes e gritar contra a dureza do mesmo. A qualquer patriota só deve causar admiração e respeito.

Os militares precisam de estar preparados para a guerra, que não pára quando se tem fome, sede ou frio. Quanto melhor for a preparação das tropas, mais vidas se poupam e mais depressa acabam os conflitos – Si vis pacem, para bellum.

Muitos dos que hoje erguem a voz contra os Comandos, ou não percebem que qualquer um deles está empenhado a sacrificar-se pela Pátria até ao limite, ou fazem parte do lóbi anti-caserna, do lóbi que nos quer desprotegidos para melhor depois nos colocar a «coleira e a trela».

Das duas uma! Ou queremos ter militares devidamente preparados, mas temos de estar também preparados para que acontecimentos menos conseguidos sucedam, ainda que devendo sempre tentar minimizar os acidentes, ou montamos uma espécie de «soldadinhos de papel», que desfilam muito bem e que treinam em algum jogo fornecido via Internet.

No contexto actual e, perante as ameaças que pairam no ar, o Batalhão de Comandos é para se manter. Só os traidores, os cobardes podem sequer pensar ou propor a sua extinção.

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