Quando o PREC vem ensombrar a Autoeuropa

A Autoeuropa vive tempos conturbados, tempos de incerteza que nos preocupa a todos. A empresa, para aumentar a produção, propôs aos funcionários que trabalhassem ao Sábado. Noutros tempos, quando questões deste tipo eram resolvidas entre a Comissão de Trabalhadores e a Administração, encontrava-se sempre um ponto de equilíbrio que permitia que ambas as partes chegassem a acordo, acautelando direitos e mantendo a produção de excelência, fruto de uma direcção sabedora e da qualificação dos trabalhadores. Nesta última negociação, a CGTP, correia de transmissão do PCP, resolveu meter a foice em ceara alheia e, galvanizada por fazer parte da geringonça, regressar à politica de terra-queimada do PREC, de má memória. É sabido que o PCP aposta na destruição de todo o tecido empresarial, sobretudo o que tem sucesso e tudo fará para, enganando os trabalhadores, agudizar as reivindicações, de forma a acabar com esta empresa estrutural para o nosso país e com grande contributo para o PIB.

Será que os trabalhadores da Autoeuropa são explorados? Explorados são os trabalhadores das grandes superfícies que trabalham aos Sábados e Domingos, os vigilantes e tantos outros trabalhadores que trabalham turnos a fio para ganharem uma miséria. A CGTP levantou uma falsa questão porque está interessada no encerramento da fábrica e pouco ou nada preocupada com os danos que o fecho vai provocar aos funcionários, já que no fim do mês o ordenado vai chegar na mesma, àqueles que engordam nos gabinetes com bom ar condicionado.

Exortamos os trabalhadores da Autoeuropa, para que tomem nas suas mãos as negociações, deixando de lado estes sindicalistas militantes, que não sabem ou nunca souberam o que são calos nas mãos, pois a preocupação dessa gente são as directivas do partido, mesmo que tal signifique trair quem trabalha. Que as negociações prossigam entre a Comissão de Trabalhadores e a Administração da AutoEuropa, colocando de lado a CGTP que só veio inflamar as negociações.