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O “polvo” da corrupção

De acordo com as recentes notícias, Manuel Pinho recebia 14.963, 94€ por mês a partir do “saco azul” do GES. Em moeda antiga, estamos assim a falar da módica quantia de três mil contos por mês. Tudo leva a crer que esta avença já tem anos e que era prática da teia: avençar pessoas com algum futuro político para que, de alguma forma, quando subissem a lugares-chave, pudessem ser a correia de transmissão dos interesses dos corruptores. Aos políticos corruptos a avença interessava, já que lhes garantia a vida de luxo que o vencimento na política não permitia de forma tão avantajada e, para alguns empresários, era uma lança que tinham e seguramente ainda têm nos órgãos do poder.

Será Manuel Pinho um caso único? Estou em crer que não e que, à medida que alguns poderes obscuros assim o entenderem, a lista do Panama Papers irá sendo revelada. Alguns nomes não vão aparecer na “praça pública”, porque vão ceder à chantagem. Outros, mal caiam em desgraça, vão tombar como Pinho e como Sócrates. O “polvo” é de tal forma poderoso que coloca em silêncio os políticos do sistema, fazendo com que não comentem os casos de corrupção ou, em alternativa, que os tentem desvalorizar. É uma teia tenebrosa, facilmente perceptível pelas andanças das grandes empresas para a política e desta para as grandes empresas.

De uma forma directamente proporcional aos lugares que ocupam, todos os partidos do sistema têm uma telha na corrupção e nenhuma na cadeia, já que tiveram o devido cuidado de se protegerem no que respeita a crimes de “colarinho branco”. Do modesto Vereador do mais pequeno partido do sistema até ao mais alto cargo da governação, não se livram de suspeitas por culpa própria: ou porque constroem a teia e fazem parte dela ou porque a aceitam. Da barra dos tribunais já se livraram muitos, da cadeia livram-se quase todos porque possuem a carta fornecida pelo sistema: “vá directamente para o ponto de partida sem passar pela prisão”.

Não sei é quanto mais tempo é que os portugueses estão dispostos a jogar este Monopólio viciado, sendo cúmplices dele. Comigo não contem! Estou do lado dos que querem virar a mesa.

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