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Honra a um herói traído pela História

Morreu hoje, em Lisboa, o Capitão miliciano, Luís Manuel Farinha Fernandes Caraço. Nasceu em Lisboa, no dia 13 de Janeiro de 1947 e em 1971, sendo finalista do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina, interrompeu a formação universitária e voluntariou-se para cumprir o Serviço Militar Obrigatório. Um ano depois, foi mobilizado para servir a Pátria na Província Ultramarina de Moçambique, onde ingressou nos Grupos Especiais Pára-quedistas (GEP), tendo sido graduado em capitão, em 1973, e colocado como comandante do destacamento dos GEP’s.

Logo após o 25 de Abril, foi-lhe emitido um mandado de captura, na Metrópole, por ser oficial da FAC (Força Automóvel de Choque /Agrupamento Especial de Oficiais da Legião Portuguesa). Em 25 de Julho de 1974 foi punido com cinco dias de prisão disciplinar, em Moçambique, como “castigo” de não haver aderido ao MFA após o que recebeu guia-de-marcha para regressar à Metrópole. Na mesma noite do seu regresso a Lisboa, apanhou um avião de volta a África, passando por quatro destinos até regressar a Moçambique, onde foi detectada a sua presença “clandestina”, obrigando-o a retirar-se para a Rodésia e novamente a voltar a entrar em Moçambique, onde se instalou no Hotel Polana, em Lourenço Marques, com o objectivo de reestabelecer contactos com antigos subordinados dos GEP’s e com oficiais das Companhias de Comandos 2043 e 2045 a fim de preparar um golpe contra a cadeia da Machava para libertar os nossos presos e fugirem para a África do Sul. Na madrugada de 18 de Outubro de 1974, foi preso pelo pelotão da Polícia Militar que irrompeu pelo hotel onde estava hospedado.

Num inconcebível acto de traição e cobardia, foi entregue à Frelimo pelas próprias autoridades militares portuguesas(!) e sujeito a trabalhos forçados em “campos de reeducação” frelimista onde passou por tudo aquilo que as palavras não conseguem descrever, às mãos dos comunistas-terroristas, até Janeiro de 1976, quando por fim regressou a Lisboa com outros seis ex-militares portugueses. Contribuíram para essa libertação a publicação da revista francesa L’Express, de 25 de Junho de 1975, com um artigo sobre a vergonha dos “capitães esquecidos de Moçambique” e, naturalmente, o próprio 25 de Novembro, após o qual  o Ministério dos Negócios Estrangeiros enviou a Lourenço Marques um alto funcionário para promover junto da Frelimo a libertação dos sete presos políticos portugueses.

Regressado a Portugal, com as marcas do desgosto e da tortura, com a amargura de ver a Pátria traída, o capitão Luís Fernandes sempre se manteve fiel ao seu ideal nacionalista e à Pátria, contribuindo, na medida do possível, para manter acesa a chama do nacionalismo em Portugal.

Hoje recordamos com gratidão o capitão Luís Fernandes, um daqueles verdadeiros heróis que merecem lugar de destaque na nossa memória – mas que são ignorados por um regime que prefere promover traidores – e que este seu ensinamento ressoe no nosso espírito e nos mobilize: «Para ser nacionalista não basta ser patriota, é preciso pelo estudo e pela militância, envolver-se numa vivência esclarecida da doutrina política e filosófica do nacionalismo.»

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