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A greve dos Enfermeiros

Agora que o braço-de-ferro entre enfermeiros e governo “terminou” numa requisição civil até ao fim deste mês, o PNR não quer deixar de tecer umas considerações sobre este assunto nevrálgico da actualidade nacional, em torno do qual tem havido muito ruído.

Em primeiro lugar é preciso que se aponte o dedo aos principais culpados desta greve! Nunca é demais afirmar que as promessas da geringonça e as expectativas que criou junto dos funcionários públicos, são a causa próxima e remota deste conflito, tanto mais que prometeram aquilo que sabiam que não podiam nem tinham intenção de cumprir.

Em segundo lugar, constatar que esta greve tem constituído um gravíssimo problema para a população, sobretudo para os mais pobres e mais doentes, confrontados com os sucessivos adiamentos de cirurgias. Mas também está a ser uma dor de cabeça para a Esquerda que através dos seus sindicatos não controlou a greve. Dói muito ao PCP e ao BE ver ultrapassadas as suas máquinas da indústria de greves, pelo que as vozes de condenação a esta que lhes escapou, se fazem sentir de forma por vezes insultuosa, ao contrario de outras greves por si promovidas e que têm sido bem mais lesivas para a nossa economia.

Em terceiro lugar, temos de perguntar à Sr. Bastonária onde estava, quando os dirigentes do seu partido (PSD), aquando governo, destravavam os enfermeiros e até os aconselhavam a emigrar?

Em quarto lugar, lembrar que requisições civis, curiosamente, só acontecerem em governos PS, o que prova que as tão badaladas “conquistas de Abril”, quando não servem – e incomodam quando este é governo -, podem ser pisadas. Tanta hipocrisia!

Para o PNR existem valores de ética no serviço publico que se sobrepõem às questões materiais. São justas as reivindicações dos enfermeiros, até porque se tratam de promessas por cumprir. É preciso dignificar a profissão, remunerá-la justamente e admitir mais enfermeiros, para evitar que muitos daqueles que se formam à custa de todos nós acabem beneficiando outros países, para onde se viram forçados a partir. São precisos mais enfermeiros nas unidades de saúde e para isso importa investir mais na Saúde em vez malbaratar o erário público nos bolsos da corrupção, mas também é preciso que impere o bom senso: negociar implica cedências de ambas as partes. Se os enfermeiros querem ter do seu lado os portugueses, apoiando-os na sua justa causa, devem tentar o acordo, uma vez que a saúde de todos nós deve ser a sua principal preocupação e já que deste governo não se pode esperar nada.

Por fim, o PNR defende que deve haver coragem para se rever e limitar a lei da greve, claramente obsoleta e, tal como está, só serve aos burocratas de muitos sindicatos.

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