Partido "Ergue-te!" O Nacionalismo Renovador, os discursos, as tomadas de posição, os documentos, as acções.
Todo o processo que envolve os donativos às vítimas dos incêndios de Pedrogão Grande, está envolto numa densa trama que tresanda a corrupção e desleixo, na qual, às passa culpas e suspeições se somam as revelações – verdadeiras ou manipuladas? – da comunicação social e a hostilidade de alguns munícipes contra os protestos que ontem lá se realizaram no último sábado.
O facto é que os portugueses têm assistido ao escândalo em torno da falta de apoio às vítimas dos incêndios: os milhões de euros recolhidos pela generosidade dos portugueses tardaram a ser distribuídos e parte dele desapareceu, enquanto inúmeros bens materiais apodrecem em armazéns passados quase dois anos.
As perdas humanas que o país lamentou são irreparáveis, mas as materiais (casas, terrenos, empresas, produções agrícolas, animais…), pelo menos podem e devem ser minimizadas. Mas não o têm sido satisfatoriamente!
A passividade do poder político pauta-se pela máxima do Presidente da República: “tem de se apurar”. E nada se resolve, tudo se arrasta, ninguém é responsabilizado e punido e a culpa morrerá solteira como de costume, permanecendo a dúvida e assim permitir que a incúria, a corrupção, o favorecimento e o compadrio se afirmem impunemente ante o sofrimento impotente das vítimas que tudo ou quase tudo perderam e configura um insulto a todos nós. Qualquer pessoa de bem não pode deixar de ficar profundamente indignada e revoltada com aquilo que nos foi dado ver nos últimos dias!
O PNR não se contenta em esperar por resultados de “apuramentos” que nunca virão, nem tão-pouco limitar-se a “exigi-los”. No dia 17 vamos a Pedrógão Grande falar com os habitantes e perceber a real dimensão da corrupção, do medo, da injustiça, do favorecimento, da incúria ou do que quer que seja… depois agiremos em conformidade.
