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Migalhas para quem serviu o país?

O Estatuto do Antigo Combatente, reivindicação já muito antiga, foi aprovado há dias por larga maioria na Assembleia da República.

Só que aquilo que foi aprovado está muito longe de ser justo e de corresponder ao reivindicado. No fundo, foi mais uma mão cheia de nada ou de migalhas. Andaram a enganar os ex-combatentes com promessas e até criaram uma pomposa Secretaria de Estado de Recursos Humanos e Antigos Combatentes, mas claramente para justificar mais tachos para os boys deste governo que é o maior de sempre. Ou seja, migalhas para quem serviu o país e tachos para quem se serve dele.

Trocando estas migalhas por miúdos, o reconhecimento aos que serviram a Pátria traduz-se simplesmente no aumento  de 7% para as pensões mais baixas (leia-se, miseráveis), na dispensa de taxas moderadoras, quando para muitos deles isso é chover no molhado, uma vez que já beneficiam dessa isenção devido à mísera reforma que recebem, e por fim o insulto maior: isenção de pagamento em museus e nalguns transportes, como se isso os alimentasse…

Não haja a menor dúvida de que este sistema nunca vai premiar quem está na linha da frente. É assim que se tem comportado sempre com os ex-combatentes, com as forças de segurança, com os bombeiros e com tantos outros que dão o corpo ao manifesto.

Os ex-combatentes merecem muito mais! Tanto em apoios financeiros concretos, como em reconhecimento e dignidade. Um país que não honra e exalta a figura do combatente revela-se indigno. Independentemente do regime sob o qual lutaram, trata-se de filhos da Pátria que se sacrificaram por ela e como tal têm de ser reconhecidos e enaltecidos.

Para o Ergue-te, ex-combatente algum poderá ter uma reforma inferior ao ordenado mínimo nacional. Deve, além disso, estar isento de qualquer taxa em todas as consultas e tratamentos, bem como ter descontos nos medicamentos.

Por outro lado, é fundamental que se crie a Casa do Combatente, pelo menos em Lisboa e no Porto, como objectivo mínimo e imediato, para tirar muitos deles da rua, da solidão ou das dificuldades e dar-lhes um final de vida digno. Com tantos quartéis desactivados o que não faltam são locais para o fazer. Antes de venderem edifícios a grupos económicos chineses, como foi o caso do Casão Militar pensem em quem sacrificou a vida pela Pátria.

O Ergue-te honra os ex-combatentes!

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